segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CIUMENTA ESTRELA

Ciumenta Estrela

Não estás satisfeita com todo o imenso brilho que possuis?
Não sabes que ao teu lado as outras são meros vaga-lumes?
Românticos, é certo.
Mas com o brilho incomensuramente menor
Do que tens na menina dos olhos e no peito.
Então, diz pra mim, pra que ciúmes?

O sol é que deveria enciumar-se
Que junto a ti vira astro de quinta grandeza.
E se alguma noite mais triste não tem lua
E nuvens não permitem que te vejam
Isto sim, é ciúme e vingança, com certeza.
Do sol.

Eu, como o sol, deveria ter ciúmes
De teu saber, do quanto faz a poesia
A própria casa dentro de teu ser.
Da imensa sensibilidade que demonstras
Em cada verso que lês ou que me envias.
Eu sim, é que deveria.

Ò ciumenta e bela mulher, guarda teus ais!
Vedes a lua, agora triste, ensombreada
Por nuvens condensadas de tuas lágrimas
Descobriu que tão pequena e mui distante
Brilhas bem mais que ela, e não precisas
Que outro ilumine a tua face. Tu te bastas.

Setembro de 2008.

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