A CENSURA ENLOUQUECEU!
Violão Erótico
A cintura
fina, todo o corpo esbelto
Chamam-me ao
lugar comum do violão
Mas me
parece pouco, eu diria orquestra
Que sempre
deveria tocar pra multidão.
E no teu
palco divino eu queria ser maestro
Para com
minhas dez batutas te reger inteira
Na flauta
mágica soprar-te segredos obscenos
E na calda de
Essenfelder fazer mil brincadeiras.
Nos violinos,
Bethoven e Mozart trinariam
Cantos de um
maravilhado Uirapuru
Que, acho,
não mais cantou, abriu o bico
Ao ver o estonteante
corpo/orquestra, nu.
A transversa
olhou de lado e ficou muda
Na certeza
de que a doce seria a preferida
Para entoar
a música de embalar os sonhos
De quem,
para o maestro, é quase toda a vida.
Para Érica,
por quem dá até vontade de voltar a tocar.
Submetida,
revista e aprovada, com cortes, pela censura. (Ana Paula.)
Dezembro de
2016.
P.S. O
autor, não satisfeito com os cortes, buscou uma segunda opinião,
e desta vez
foi censurado, in totum, por Milena
Krisley. A emenda saiu pior que o soneto.
Ò minha bela
musa, só tu poderás salvar-me!