sábado, 31 de dezembro de 2016

CORPO ORQUESTRA

ASSIM QUE VI ESTA MOÇA ME VEIO A LEMBRANÇA DO VIOLÃO E PENSEI NO POEMA ERÓTICO, QUE NÃO É MINHA PRAIA. MAS MESMO ASSIM RESOLVI FAZER.
A CENSURA ENLOUQUECEU!


Violão Erótico


A cintura fina, todo o corpo esbelto
Chamam-me ao lugar comum do violão
Mas me parece pouco, eu diria orquestra
Que sempre deveria tocar pra multidão.

E no teu palco divino eu queria ser maestro
Para com minhas dez batutas te reger inteira
Na flauta mágica soprar-te segredos obscenos
E na calda de Essenfelder fazer mil brincadeiras.

Nos violinos, Bethoven e Mozart trinariam
Cantos de um maravilhado Uirapuru
Que, acho, não mais cantou, abriu o bico
Ao ver o estonteante corpo/orquestra, nu.

A transversa olhou de lado e ficou muda
Na certeza de que a doce seria a preferida
Para entoar a música de embalar os sonhos
De quem, para o maestro, é quase toda a vida.

Para Érica, por quem dá até vontade de voltar a tocar.
Submetida, revista e aprovada, com cortes, pela censura. (Ana Paula.)
Dezembro de 2016.
P.S. O autor, não satisfeito com os cortes, buscou uma segunda opinião,
e desta vez foi censurado, in totum, por Milena Krisley. A emenda saiu pior que o soneto.
Ò minha bela musa, só tu poderás salvar-me!




Um comentário:

  1. Esta é a postagem mais vista do Blog, e também foi premiada (o poema) em um concurso da Editora Celeiro de Escritores, de São Paulo. Diferentemente dos geniais "Rafael" e "Moisés" (esculturas de Miguel Ângelo) saiu rápido, enquanto Rafael demorou 4 anos, e não perfeito, como Moisés, a quem o autor ordenou: FALA!!!

    ResponderExcluir