domingo, 7 de abril de 2013

ANJALÚCIA


LÚCIA

É difícil fazer versos sobre anjos
Quando não se tem nenhuma fé
Então tive que fazer uns arranjos
Pois estavam pegando no meu pé.

E assim meio em prosa meio em versos
Fui escrevendo, tecendo umas loas
Para esta que tão pouco conheço
Mas é das melhores, dizem as pessoas.

Tendo sempre uma palavra amiga, ainda que quem a ouça não seja amigo de fato, sem precisar de pretexto ela pratica tal ato. Também sempre de bom humor, e se o sorriso não é constante em seu rosto, basta-lhe o gesto, a atitude, para demonstrar com sutileza, que vive para agradar e não só aos mais próximos mas, principalmente, aos que precisam de u’a mão amiga, de um afago no ego, de um carinho, sonoro ou silente.

Amar ao próximo, como a si mesmo. Nunca um mandamento foi tão bem aceito e aplicado de fato. E é algo de si, sem a necessidade e talvez nem mesmo a consciência da aplicação daquele que, para os católicos, é o resumo da vontade de Deus; e, desta forma, ela pode ser lembrada, ou comparada, com esta vontade.
Sem nunca alardear seus feitos, o prazer de servir, de ajudar o próximo, é sua recompensa e seu dom, uma dádiva (para quem precisa), ou um anjo da guarda (para quem crer).

Se é contrariada, e certamente o é, quiçá muitas vezes, não reclama e nem sequer demonstra. Continua em seus afazeres, que não são poucos, e deixa a impressão aos que lhe conhecem que sua vida é uma linha reta, sem ser monótona.

Mas reto mesmo é o seu proceder
Onde não se encontra o que retificar
Só faz concessão a quem merecer
E a gente assim podemos louvar.

Se seu nome tem gosto de mel
Em seu rosto se reflete a paz
Quem sabe, já morou no céu?
Avante Lúcia! É assim que se faz.

De Ana Paula e Stenio, para Lúcia Zuqueto.
Fevereiro de 2012.

Um comentário:

  1. Fui vê-la em um hospital, acompanhando o ex-marido que só lhe faz grosserias. Voltei a ler o poema e vi o quanto eu acertei, principalmente na parte escrita em prosa.

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