terça-feira, 28 de maio de 2013

Poeta/Não Poeta

Minha idéia, ao criar o Blog, era postar textos e pela primeira vez vou postar apenas um ou dois comentários (contrariando minha linda companheira, pedagoga, que diz que qualquer escrito é texto, e ela, como sempre, deve ter razão).
Mas o que me fez contrariar a mim mesmo foi que estive relendo Castro Alves, de quem decorei muitos versos no ensino médio, e agora fui ver com outros olhos. Fiquei maravilhado com as riquezas de vocabulário e de rima, com o nível cultural que demonstra em cada um dos poemas. Fiquei com raiva a ponto de largar um livro sem ler todo. Raiva de mim mesmo por não saber escrever nada parecido, tanta que nem sei se ainda vou escrever algo, pois já tinha um pouco e agora vou sentir muita vergonha quando alguém disser que sou poeta. E o pior de tudo: o moleque morreu com 24 aninhos!

3 comentários:

  1. Ora pois, então imaginemos que todos os pássaros da floresta se calarão porque não cantam como o Uirapuru.
    O que amamos na poesia?
    O que nos apaixona é poder ver a beleza de quem escreve. Nos versos está a própria personalidade do poeta, pequenas características pessoais e de pensamento, que acabam jorrando no papel ou na tela. :) Os traços mais bonitos do caráter e da personalidade, que a vida esconde. É uma oportunidade extremamente rara, especialmente no mundo corrido e superficial em que a gente vive, de se poder profundamente conhecer alguém e desfrutar do que aquela pessoa tem de melhor a oferecer ao mundo.

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    1. Pois é, mas que o canto do Uirapuru/Castro Alves me dá muita inveja, isto dá, e eu bem que gostaria de expressar minha beleza/personalidade/poesia pelo menos como o canto de duas calopsitas, minhas netas, já que o Uirapuru está fora de questão.
      Seu comentário é, como sempre, sábio e pertinente. A possibilidade de não escrever mais não era séria, foi uma licença que não digo poética porque seria irônico, mas de qualquer forma muito obrigado pelo incentivo, vou me lembrar dele e talvez não somente no proximo texto.

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  2. Agora que escrevi "Delírios", e pelo menos neles me senti um Castro Alves/Uirapuru, acho que posso morrer tranquilo. Parece que teve alguma coisa a ver também com Garcia Márquez, mas como não tenho certeza ainda, em caso afirmativo eu conto depois. Este Ainda é uma referência (resposta)ao comentário de Malu.

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