terça-feira, 1 de maio de 2012

CAMINHANDO/VIVENDO

NA MINHA OPINIÃO EU NÃO TERIA, JÁ ESCRITO, ALGO QUE VALESSE A PENA PUBLICAR E MEU IRMÃO ERNANDI E EU COMEÇAMOS A "VASCULHAR AS GAVETAS". ELE ENCONTROU ESTE TEXTO QUE NA SUA OPINIÃO É "A ESSÊNCIA DA SENSIBILIDADE DO ESCRITOR REVELADA EM UM ÚNICO POEMA". EU ACRESCENTO QUE O CRÉDITO MAIOR PARA TAL SENSIBILIDADE É DE MINHA PARCEIRA TAFNES.




"Eu conheço pessoas pobres que distribuem sorrisos.
Pessoas ricas, que dividem seu pão.
Pessoas que sofrem, mas comunicam alegria.
Incompreendidas que sabem compreender.
Pacíficas que caminham levando a paz.
Sábias que levam o entendimento a toda parte.
Pessoas bondosas que a todos têm o que dar.
Injustiçadas que souberam perdoar.
Eu conheço essas pessoas, seu segredo é AMAR".
Tânia Lacerda Lima.




Caminhante
Onde passas despertas a centelha da esperança,
Vetustos e embolorados sonhos voltam a cintilar.

Em teus olhos contemplo o brilho das estrelas
Eles refletem a singeleza de teus sentimentos.
Em tua face paira o encanto do firmamento
Será que acompanhas o rastro dos cometas?
Suave é a melodia que entoa tua alma:
riachos sussurrantes, fontes maestrinas.
Ouço o assovio dos ventos, o ramalhar dos cedros,
Sinto o perfume dos bosques por onde passastes,
das multicoloridas flores, das matas orvalhadas,
dos frutos que colhestes em vales distantes.
A lua e as estrelas durante a noite te guiam
Se brilha um raio de luar prossegues teu caminho.
Não existem mapas, a cada passo a vereda se abre,
A trilha se ilumina, prossegues teu rumo peregrino.
Pela estrada vês desertos quedos, campos ceifados
Antro de feras, rochedos, desvios, sombras da noite.
E as estrelas como vagalumes a te indicar o percurso.
Encontrarás colinas, florestas cerradas, mares bravios
Escalarás montanhas, alcançarás o cume dos penhascos.
Teus passos valentes te empurram sempre em frente
Ora lento e cuidadoso, ora lépido e arrojado,
Temeroso ou destemido, ora incerto e vacilante.
Há muitas formas de caminhar e para cada passada
A definição de um novo rumo, novos cenários,
Trilhas inexploradas, aventuras e obstáculos.
Grandes, às vezes, tanto que parecerão intransponíveis,
Mas aos teus olhos tudo será aprendizado.
Nada é casual, tudo é exatamente como deveria ser.
Através das pedras agregas experiência, vivência ...
Durante o dia as árvores se curvam para te abraçar
Enquanto o sol ao longe te contempla e fustiga,
Mas quando ele se ausenta e a lua é toda brilho
Te sentes impelido a um descanso.
Será que tens um porto, um destino?
Indagam teus pés itinerantes, machucados....
Melhor seria ter asas, e não voar no chão.
Alma sempre sedenta, sorve o orvalho celeste
Maná que te sacia, renova as forças, sara as feridas.
Enquanto sem olhares para trás vês tuas pegadas
Indeléveis marcas ... na estrada da vida.
Tafnes e Stenio.
Julho de 2009.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Um Nome, Uma História

PARA MINHA COMENTARISTA FAVORITA, UMA BRINCADEIRA FEITA COM SEU NOME. APROVEITANDO PARA AGRADECER PELOS COMENTÁRIOS, PRINCIPALMENTE O FEITO EM MEU DIAMANTE, QUE BEM PODERIA FAZER PARTE DA POESIA.


MEU NOME

Não se enganem, meu nome é Cissa
E se alguém precisa estou do seu lado
Não importa o babado, eu tiro de letra
Sem nenhuma peta, fique avisado.

Meu nome é Cissa, não se esqueçam
Não sou tenente mas sou bem valente
Encaro a vida de cara lambida
Mas se alguém me alisa viro dependente.

Sou obediente, sem ser submissa
No amor caliente e na vida calma,
Não guardo trauma para o futuro,
No claro ou no escuro, meu nome é Cissa.

Meu nome é Cissa e sou amorosa
Dos filhos escrava, do marido a rosa.
No livro da vida, a palavra avisa,
Quem tem nome Cissa, é verso e é prosa.

Março de 2012.

segunda-feira, 19 de março de 2012

MISTERIOSA CISSA

O POEMA NÃO FOI FEITO COM ESSA INTENÇÃO, MAS ACHEI TÃO PARECIDO COM A MOÇA QUE LHE DEDICO.

MISTERIO...SA

És menina ou mulher, Mistério...sa?
Criança não tem segredos, nem as grandes
Então por que és misteriosa?
O que deixaste no passado de mistérios
Ou será que os guardaste pro futuro?

Deixarás que os teus netos os descubram
Em tranqüilas brincadeiras na varanda
Ou dir-me-ás ao ouvido amanhã mesmo
Ao navegarmos serenos em mar de intimidades
Ou selvagens e loucos rolarmos nos gramados.

Que segredos terás a dizer-me sem palavras
Pois meus beijos selarão os lábios teus
E ali mesmo plantaremos a semente
Que em longínquo futuro então dirá
Que os mistérios foram mesmo desvendados

E a poesia espalhará aos quatro ventos
Que a verdade derradeira se desnuda
É que a Fada esperava pelo Bruxo
E que juntos rasgarão todos os véus
E a criança finalmente é a mulher.

E agora sim, tens direito a teus mistérios.

quinta-feira, 15 de março de 2012

HELENA

MINHA BELA E QUERIDA NETA DE APENAS QUATRO MESES DE QUEM O AVÔ BABÃO GANHOU DOIS PRESENTES: UMA LINDA FOTO DELA COM OS PAIS E O MELHOR E AINDA MAIS LINDO, UM SORRISO, QUASE GARGALHADA.

Helena

Filha de uma guerreira cipriota
E de um pai que leva mais na maciota
Em pouco tempo chegará Helena
Terá o sangue quente e a face serena.

De uma bela união ela foi concebida
E por esta razão ela é muito querida
Que venha logo um querubim suplica
Pois há muito ensaia a valsa austríaca.

E aqui na terra o coro diz amém
Que venha logo eu suplico também
Por avós, pais, tios, padrinho e madrinha
Serás recebida como uma rainha.
Junho de 2011.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SONHANDO COM NUTI E PAULA

Este texto foi o mais perto que me senti de Chico Buarque, pois ele mesmo diz que algumas vezes brinca com as palavras, e eu escrevi meio que brincando para responder à poetisa que postou o poema no Yahoo Respostas.

Sonhando com Nuti e Paula

Deixar-te em meu peito repousar?
Por quê? Por que tens que pedir licença em tua própria casa?
Não farei uma carícia em teus cabelos,
Porque minhas mãos anseiam é por teu corpo inteiro.
Te fazer levitar? Poético, mas tenho é que, vez ou outra,
te trazer ao chão, pois quase sempre vives nas alturas.
Ouvir minha voz? Para que, se me entendes sem que nada eu diga.
Pra te falar doces palavras hei que me transformar em colibri
e com suaves beijos sorver uma fração de teu abundante mel.
Pra te fazer vibrar, basta que me dês uma preliminar: um beijo.
Envolvido; eu é que sou. Completamente. Por ti.
E pra te aquecer encosta-te em mim que viro fio condutor.
Delirar já o fazes por todas as paixões e,
que sou por ti apaixonado é dizer o óbvio.
Extasiar-te é fácil, ponho-te diante de um espelho ou de um poema teu
nos dois casos verás quanta beleza me ofereces.
Mas pra te tocar minhas mãos têm que calçar pelica
que tem a mesma maciez da pele tua.
O céu não te posso dar pois ele já pertence ao teu mágico domínio
Mas se dele saíres, usa teus poderes, leva-me contigo.
Estarei no teu aconchego e tu no meu
e te farei sonhar e tu a mim, um sonho uno.
E se Paraíso houver em vida ... Acordaremos, viveremos nele.

Escrito em cima do poema Vibrar de Amor, de Nuti "Magia Sempre", e por ser uma fotografia de meu amor, Paulinha, ofereço a ela.
Agosto de 2009.


Vibrar de amor
DEIXA-ME...

Deixa-me em teu peito repousar
Acaricie meus cabelos
Me faça levitar...
Deixa-me ouvir tua voz
Me fale doces palavras
Me faça vibrar...
Deixa-me teu corpo envolver
Me aqueça com teu calor
Me faça de amor delirar...
Deixa-me de êxtase transbordar
Me toque com tuas mãos
Me faça o céu alcançar...
Deixa-me lentamente voltar
Me aconchegue ao teu lado
E me faça de novo sonhar...
(Nuti)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Mulheragem (Feminino de homenagem)

PARA OS MEUS (OU MINHAS) POUCOS MAS QUERIDOS SEGUIDORES E EM ESPECIAL, PARA A QUE EU DEDIQUEI: RAMÍLIA.

MARIA CORAGEM

Buscando seu lugar em um congestionado espaço, desbravando em um violento corpo a corpo as estreitas veredas da sobrevivência, em um ponto qualquer do planeta encontra-se Maria. Não é vai-com-as-outras, muito pelo contrário, de tão determinada, na maioria das vezes as outras é que seguem seus passos. A golpes de suor ou baioneta, se necessário, abre seus caminhos, muitos dos quais não sabe onde vai dar, mas suas temeridade e urgência não lhe deixam ser diferente, não lhe permitem esperar. De tanto ralar na vida já nem sente quando ou quanto a vida lhe rala.
Ajeita e agita mãos e pés, nervos, coração, alma, sempre com o passo maior que a perna, pois não lhe é permitido apenas caminhar, tem que correr.
Como a Maria bíblica também tem um filho e sofre por ele. O seu José é um pai ausente e ela tem que ser também seu substituto, virou hermafrodita, não importando a nenhum dos três o quanto isto lhe custe. E assim vai, de sol a sol, de segunda a domingo, se em um dia tenta reduzir o aquecimento global, em outro arruma pés e mãos, e se ainda lhe sobrar algum, depila ou corta cabelos. Sem cansaço, sem deleites, sem poesia, sem espera. As permissões da vida lhe são escassas. Navegar é preciso, viver pode esperar, até... quem sabe? Afinal, viver não é mesmo preciso, como já disse o poeta. Por uma migalha de carinho, um sopro de massagem no ego, um cadinho de toucontigo, se arriaria de quatro costados, mas o mundo, com ela e com muitas delas, é usurário de carinho e solidariedade. Na maioria das vezes só quer, egoisticamente, abocanhar, engolir, sugar.
Maria das obrigações, que são de nascença, Maria dos direitos, que ainda busca. Assim são os caminhos de Maria, abertos a ferro e fogo, a golpes de suor, como já dito, mas também a golpes de coragem que, aliás, deve ser seu sobrenome. Mas bem poderia ser dos Desejos, dos Prazeres, dos Amores. Dos meus amores.
Feito à imagem e semelhança de Ramília Barbosa, a quem dedico.

Carnaval de 2008.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PRETENSO POEMA

Pretenso Poema

Escrever (para quem sabe)
É arte
Frágil como o coração vetusto de uma pomba
É paz, é vida, é Célia, bela Célia.

A morte
Asa de águia, forte e lépida
Olímpico atleta puro forte
Inteiro e quase nada, quase arte.

Em versos
Tão fugazes quanto a brisa/arte
Quis re(des)fazer esta equação
De morte.

Pulso, coração, asa, tão frágeis, Célia
Unem-se num derradeiro esforço
Contra a águia
Que em um átimo parece destruída.

Lúgubre engano, a Fênix
Em meio tempo é novamente a morte
Mais forte e ágil e quase
Bela

Vista de longe
Assim quase me engana
Ò Senhor, troque-me os anjos, eu quero
A Vida, a Luz, a Fortaleza Célia

C elestial, eis a palavra
E xata
L inda, leve, santa e que,
I nquestionavelmente representa o
A njo. Celestial. Célia.

Com um beijo de força e vida
Stenio
Julho de 2007