ATÉ O MOMENTO EU SÓ TINHA NO BLOG, SEM QUE FOSSE DE MINHA AUTORIA, "A ROSA", A DANADA DA ROSA, DE CHICO BUARQUE. AGORA VAI FAZER COMPANHIA A ELE, UMA DESCONHECIDA, TAFNES, QUE FOI MINHA PARCEIRA EM DIVERSOS ESCRITOS E FEZ ESTE DEDICADO A MIM. SEGUNDO ELA, EU A ENSINEI A POETAR, COMO SE ISSO FOSSE POSSÍVEL, NA VERDADE, ELA TINHA O DOM E EU APENAS AJUDEI A DESPERTÁ-LO.
OFEREÇO-O A "BRUXINHA"
TITES, MINHA MAIS NOVA SEGUIDORA.
Ao meu Merlin
Ela habitava num Palácio
de Cristal,
Num Reino Encantado,
talvez irreal,
Para senti-la era preciso
a mente silenciar,
pois chegava com um
pequeno sussurrar
ou mesmo numa suave
melodia.
E um doce perfume a
envolvia.
De beleza singular, essa
donzela
dotada de lindas asas de
libélula.
vestida com translúcidos
véus,
em tom pastel ou azul dos
céus.
Um anjo, um ser alado ou
uma fada?
Primeiramente: mulher
apaixonada,
mulher : perfeita e
inacessível.
Dotada de sedução
irresistível.
Sua imagem suave e
delicada,
Parecia mesmo ter sido
bordada.
O corpo tão frágil quanto
a porcelana.
Seu tênue rosto nos
lembrava filigrana,
Ou ela saiu de uma
infantil estória?
Um escritor apaixonado e
sua memória.
quando ainda estava
enamorado,
de um sonho por ele
imaginado,
na magia de um momento de
amor
ou para consolar uma intensa dor.
Ela era uma bruxa e uma
fada-menina.
Eterna dualidade da condição
feminina.
Sendo bruxa amava a noite
penetrante,
seu manto negro crivado de
diamantes...
Como fada poderia
apaixonar-se por um mortal,
Embora em seu destino,
pudesse lhe ser fatal,
ou por outros seres do
Reino Encantado.
Ela se apaixonou por um
Merlin zangado,
Mas por tantas vezes
apaixonado...
foi enfeitiçada por encantados versos.
Escritos a ela em poemas
diversos.
Arrebatada pela emoção,
atraída pelo carinho,
inebriada pela magia que
sentiu em seu caminho,
ficou fascinada, seduzida,
mas foi também cativada,
Tornando-se unicamente
mulher...
sem ter como escolher,
perdida: sem asas para
voar
ou um mar para ancorar,
pensou ter perdido o
encanto, poder e magia,
e no recôndito das mãos
dele se escondia.
E para ela não lhe ser
mais fugidia,
a transformou numa pérola,
e por seu fascínio,
guardou-a na concha do
amor, em seu domínio...
Tafnes.